Descrita em: Novon 14(2): 236–238, f. 1. 2004.

Arvoreta de até 4 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019). Ocorre especificamente em Floresta Estacional Semidecidual associadas aos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil, 2019). Foi coletada nos estados do Paraná e Minas Gerais. Apresenta AOO= 28 km² e está sujeita a cinco situações de ameaça. Infere-se que apresenta população severamente fragmentada com base em informação atualizada, indicando que restam apenas 12,4% (16,2 milhões de hectares) de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, tendo sido desmatados 87,6% da área original do bioma (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). O desmatamento, a expansão imobiliária, pecuária, mineração e monocultura de espécies florestais (Simões e Lino, 2003; Eisfeld e Nascimento, 2015; Lapig, 2019; DNPM/SIGMINE, 2019; SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) são os principais responsáveis pelo declínio de EOO, AOO e qualidade do habitat na Mata Atlântica. A espécie foi considerada Em Perigo (EN) em avaliação de risco de extinção anterior, ao nível nacional (MMA, 2014), levando em conta redução populacional causada por perda de habitat na Mata Atlântica. A recente revisão das coleções alterou levemente os valores de distribuição, porém não houve mudança nos limiares da categoria, acessada pelo critério B2. Portanto, a avaliação da espécie é mantida na categoria Em Perigo (EN), em razão de distribuição associada a declínio contínuo e população severamente fragmentada por causas não cessadas, visto que os estados de ocorrência da espécie (Paraná e Minas Gerais) ainda não conseguiram sustentar o compromisso de desmatamento zero para o Bioma Mata Atlântica e apresentaram taxas de desmatamento inaceitáveis, acima de 1000 ha no período de 2017-2018 (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). A espécie foi coletada pela última vez há 20 anos, não apresenta dados populacionais e ocorre em apenas uma Unidade de Conservação de proteção integral. Portanto, são necessárias ações de pesquisa (para atualização da informação sobre tamanho e tendências populacionais) e ações de conservação (programas de conservação ex situ).

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019), com ocorrência nos estados Minas Gerais, município São Sebastião da Bela Vista (Silva s.n.); Paraná, municípios Cambe (Lindeman 2892), Curiúva (Soares-Silva 570), Foz do Iguaçu (Lindeman 3432), Medianeira (Lindeman 3544), Sapopema (Soares-Solva 563).

Não existem dados sobre a população.

Árvores de até 4 m de altura (Medri 744), ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica na Floresta Estacional Semidecidual (Flora do Brasil, 2019).

O município Foz de Iguaçu tem 88,7 ha de plantios de Eucalyptos (Eisfeld e Nascimento, 2015). O município de São Sebastião da Bela Vista (MG), com cerca de 16.716 ha, contém 58,34% de sua área convertida em pastagens (9.753) (Lapig, 2019). Para a região do município de Cambé (PR) há protocolos atuais de autorização de pesquisa para exploração de argila. Para a região do município de Curiúva (PR) há protocolos atuais de autorização de pesquisa para exploração de diabásio e argila, além disso, já existem concessões de lavra para argila e diabásio. Em Sapopema (PR) há requerimentos de pesquisa e concessões de lavra para exploração de argila (DNPM, 2019). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).

Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.

A espécie avaliada como Criticamente em Perigo (CR) está incluída no Anexo I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). A espécie ocorre no Parque Nacional do Iguaçu (Soares-Silva e Sobral, 2004), e em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Paraná - 19 (PR).