Descrita em: Kirkbride, Jr., 1997. Brittonia 49(3): 360, f. 2.

Árvore de até 5 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019). Ocorre nos domínios da Mata Atlântica no estado do Espírito Santo apenas nos municípios de Domingos Martins e Santa Teresa (Fiaschi 695). Apresenta EOO=307 km², AOO=12 km², sujeita até três situações de ameaça. A perda de habitat por desmatamento histórico e pecuária são responsáveis por declínio de EOO, AOO e na qualidade do habitat. Os municípios de Santa Teresa e Domingos Martins perderam, respectivamente, 80% e 76,4% da cobertura vegetal original de Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica INPE, 2018). Atualmente, os município de Santa Teresa e Domingos Martins tem cerca de 12% de seus territórios transformados em pastagem (Lapig, 2018). A agricultura foi uma atividade intensa na região de Santa Teresa que ficou conhecida especialmente pelo cultivo do café (Mendes e Padovan, 2000). A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) em avaliações de risco de extinção anteriores (MMA, 2014; Fundação Biodiversitas, 2005). Não havendo atualização dos dados de distribuição, a espécie foi mantida na categoria Em Perigo, em razão de distribuição restrita e declínio continuo. A espécie ocorre em área protegida, na Estação Biológica de Santa Lúcia e no Parque Natural Municipal Elci Rolla Guerra. Considerando que a espécie não é coletada há quase 20 anos e que foi avaliada anteriormente como DD e EN, recomendam-se pesquisa e buscas direcionadas para levantar informações precisas sobre tamanho e tendência populacional, avaliando possíveis declínios ou extinções locais. Confirmando-se declínio ou possíveis extinções locais a curto prazo, recomenda-se então mitigação de ameaças incidentes, ampliação de ações de conservação in situ, definição de possíveis ações de conservação ex-situ de acordo com os requerimentos ecológicos da espécie, e avaliação da possibilidade de coleta e estoque de material em banco de sementes e/ou DNA.

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019), com ocorrência no estado do Espírito Santo, municípios de Domingos Martins (Hatschbach 61698A), e Santa Teresa (Fiaschi 695).

Não existem dados sobre a população.

Árvores de até 5 m de altura, ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil, 2019).

Espécie conhecida para os municípios de Santa Teresa e Domingos Martins, onde remanescem, respectivamente, 20% e 23,6% da cobertura vegetal original de Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica INPE, 2018). O Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de três hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma. O desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985. Além disso, foi verificado aumento do número de estados no nível do desmatamento zero, de 7 para 9, sendo que outros 3 estão bem próximos. Dos 17 estados, nove estão no nível do desmatamento zero, com desflorestamentos abaixo de 100 hectares, ou 1 km², incluindo o Espírito Santo (19 ha). Apesar dos resultados positivos, cinco estados ainda mantém índices inaceitáveis de desmatamento. O município de Domingos Martins com 122.835 ha tem 12,2% de seu território (15,036 ha) transformados em pastagens (Lapig, 2018). O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8,449 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). A região de Santa Teresa até o século passado era coberta por floresta nativa (Mendes e Padovan, 2000). Com a chegada dos europeus e a colonização, foram priorizando outros usos, em especial o cultivo do café (Mendes e Padovan, 2000). O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 1,3% de seu território (910 ha) convertido em agricultura de cana-de-açúcar e milho (Lapig, 2018). Atualmente, o município de Domingos Martins com 122835ha tem apenas 0,89% de seu território (1096ha) transformados em agricultura. (Lapig, 2018)

Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.

A espécie foi anteriormente avaliada como Em Perigo e está incluída no Anexo I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). Em 2008 foi avaliada a nível nacional como Dados Insuficientes (DD) e incluída no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008 apud CNCFlora 2012). Porém, antes disso, já havia sido avaliada como Em Perigo (EN) em avaliação de risco empreendida pela Fundação Biodiversitas (2005 apud CNCFlora 2012). A espécie foi registrada no Parque Natural Municipal Elci Rolla Guera (PI). A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - 33 (ES). Considerando que a espécie não é coletada há quase 20 anos e que foi avaliada anteriormente como DD e EN, recomenda-se pesquisa e buscas direcionadas para levantar informações precisas sobre tamanho e tendência populacional, avaliando possíveis declínios ou extinções locais. Confirmando-se declínio ou possíveis extinções locais com base nos resultados encontrados, recomenda-se então ampliação de ações de conservação in situ, definição de possíveis ações de conservação ex-situ de acordo com os requerimentos ecológicos da espécie, mitigação de ameaças e avaliação da possibilidade de coleta e estoque de material em banco de sementes e/ou DNA.