Taxonomic Notes
Descrita em: Flora Brasiliensis 13(3): 587. 1900.
Justification
Árvore de até 25 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila Densa, associada à Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição relativamente ampla, EOO=261738 km², AOO=192 km², constante presença em herbários e número de situações de ameaça maior que dez, considerando-se os municípios em que foi documentada, além de presença confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em algumas localidades bastante afetadas pela ação humana, como desmatamento pela expansão urbana e das atividades agrosilviculturais (Lapig, 2019; Young et al. 2005), podendo, portanto, vir a ser ameaçada de extinção em um futuro próximo. Diante desse cenário, infere-se declínio contínuo em extensão e qualidade de habitat, e a espécie foi considerada Quase Ameaçada (NT) de extinção neste momento. Sua ocorrência em áreas degradadas poderá causar declínio de habitat ou populacional em futuro próximo, diminuindo o número de situações de ameaça para menos de 10, caso as ameaças não sejam controladas, transferindo a espécie para a categoria Vulnerável (VU). Recomendam-se ações de pesquisa (censo e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro, pois uma extinção local poderá ampliar seu risco de extinção. É crescente a demanda para a implementação de Planos de Ação Nacional (PAN) em territórios situados ao longo da distribuição conhecida de Cupania concolor.
Geographic Range Information
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2019), com ocorrência nos estados de Minas Gerais, municípios de Lima Duarte (Forzza 4452), São Roque de Minas (Romero 2582); Rio de Janeiro, município de Angra dos Reis (Sucre 11227), Barra Mansa (Souza et al. 36097), Engenheiro Paulo de Frontin (Nunes 90), Guapimirim (Peron s.n.), Mangaratiba (Nettesheim 58), Nova Iguaçu (Rodrigues s.n.), Paraty (Marquete 3720), Paty do Alferes (Wängler 357), Petrópolis (Glaziou 3904), Piraí (Souza et al. 36098), Rio de Janeiro (Fernandes 688), Teresópolis (Occhioni 6782); São Paulo, municípios de Areias (Serafim 115), Bananal (Shirasuna 52), Bauru (Souza 976), Caraguatatuba (Stefani 169), Iguape (Nicolau 189), Itapeva (Aguiar 1296), Paranapanema (Cielo-Filho 504), Paulo de Faria (Stranghetti 217), São José do Barreiro (Polisel et al. 595), São Paulo (Honda 765), São Vicente (Pastore 1254), Sete Barras (Ivanauskas 6229), Teodoro Sampaio (Silva 27)
Population Information
Não existem dados sobre a população.
Habitat and Ecology Information
Árvore com até 25 m altura (Forzza 4452), que ocorre na Mata Atlântica em Floresta Ombrófila (Flora do Brasil, 2019).
Threats Information
A Mata Atlântica vem sofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa, degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilização das áreas para plantios e pastagens (Young, 2005). O município de Lima Duarte (MG) com 84856 ha tem 45% de seu território (38246 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de São Roque de Minas com 209886 ha tem 46% de seu território (96661ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de Barra Mansa com 54719 ha tem 51% de seu território (27855ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Engenheiro Paulo de Frontin com 13294 ha possui 18% de seu território (2328 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2019). O município de Guapimirim com 36014 ha possui 29% de seu território (10586 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2019). O município de Paty do Alferes com 31880 ha possui 58% de seu território (18645 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2018). O município de Petrópolis com 79580 ha possui 5,3% de seu território (4238ha) transformado em pastagem. (Lapig, 2018). O município de Bananal com 61642 ha possui 31% de seu território (19190 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2019). O município de Bauru com 66768 ha possui 48% de seu território (31813 ha) transformado em pastagem. (Lapig, 2018). O município de Itapeva com 182626 ha possui 24% de seu território (44543 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2019). O município de Paranapanema com 101872 ha possui 26% de seu território (26905 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Paulo de Faria com 73840 ha possui 20% de seu território (14739 ha) convertidos em pastagem. (Lapig, 2019). O município de São José do Barreiro com 57068 ha tem 18,5% de seu território (10566 ha) convertidos em pastagens (Lapig, 2018). O município de Teodoro Sampaio com 155580 ha possui 35% de seu território (54670 ha) convertidos em pastagem e 16% (25577 ha) plantados de cana-de-açúcar. (Lapig, 2019).
Use and Trade Information
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.
Conservation Actions Information
A espécie foi anteriormente avaliada como Vulnerável (VU), segundo a Lista Vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004), e como Vulnerável (VU) no Livro Vermelho CNCFlora 2013 e incluída na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). A espécie apresenta registro de ocorrência no Paque Estadual de Ibitipoca (Forzza, 4452 RB). Parque Nacional da Serra da Canastra (Nakajima 559) - MG; PN da Tijuca (Fernandes 688), Estação Ecológica Estadual de Paraíso (Peron s.n.), REBIO do Tinguá (Rodrigues s.n.), PNSO (Glaziou 3904), Área de Proteção Ambiental Cairuçu (Marquete 3720) - RJ; Estação Ecológica Juréia-Itatins (Nicolau 189), P.E.Xixová-Japuí (Pastore 1254), P.E.Morro do Diabo (Silva 27), Parque Estadual da Serra do Mar (Stefani 169). A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - 29 e Território 32.