Taxonomic Notes
Descrita em: Coe-Teixeira, B., 1980. Rodriguésia 52: 118. Popularmente conhecida por Canelinha (Quinet, 2008).
Justification
Árvore de até 12 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019). Ocorre na Floresta Ombrófila, nos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil, 2019). Popularmente conhecida por Canelinha (Quinet, 2008), foi coletada nos estados do Espírito Santo, município de Santa Teresa, e no estado de São Paulo, municípios de Itanhaém, Santo André, São Bernardo do Campo e São Paulo. Apresenta AOO= 52 km² e está sujeita a cinco situações de ameaça. Desmatamento, expansão urbana, pecuária, agricultura, monocultura de espécies florestais, a instalação de um gasoduto e a barragem hidrelétrica no Rio Bonito (Comgás, 2011; ANEEL, 2017; Lapig 2018; Prefeitura de São Paulo, 2018; SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019) são os principais responsáveis pelo declínio de EOO, AOO e qualidade do habitat e número de subpopulações. A espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção em avaliação de risco de extinção anterior (MMA, 2014), considerando apenas registros no estado de São Paulo. Apesar de recente revisão das coleções e reconhecimento de uma coleta no estado do Espírito Santo, não houve alteração dos limiares de risco entre categorias quando acessada pelo critério B2. Apesar de não haver dados populacionais completos, há uma indicação de que 5 indivíduos encontrados na Área de Impacto Direto em área de instalação do projeto de gasoduto podem ter sido suprimidos (Comgás, 2011). Portanto, a avaliação da espécie foi mantida na categoria Em Perigo (EN), em razão de distribuição associada a declínio contínuo. A espécie ocorre em duas Unidades de Conservação de proteção integral. Considerando que a espécie não é coletada há mais de 10 anos, são necessárias ações de pesquisa (tamanho e tendências populacionais) e ações de conservação (programas de conservação ex situ).
Geographic Range Information
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil, 2019), com ocorrência nos estados: Espírito Santo, município de Santa Teresa (Fiaschi 705); e São Paulo, municípios de Itanhaém (Romão 643), Santo André (Rawitscher s.n.), São Bernardo do Campo (Godoi 434) e São Paulo (Chukr 597).
Population Information
Não há dados populacionais para a espécie, entretanto, foram encontrados 5 indivíduos na Área de Impacto Direto em área de instalação do projeto de gasoduto no estado de São Paulo (Comgás, 2011), que podem ter sido suprimidos.
Habitat and Ecology Information
Árvore de até 12 m de altura, ramos cilíndricos, estriados, áureo-tomentosos. Folhas alternas, cartáceo-coriáceas, elípticas ou lanceolada-elípticas. Inflorescência axilar, tirsóide. Flores diclinas, tépalas áureo-tomentosa ou glabrescente, papilosas na margem e ápice. Fruto bacáceo, elipsoide ou globoso, sobre cúpula pateliforme (Quinet, 2008).
Threats Information
O município de Itanhaém com 60010 ha tem 0,006% de seu território (4 ha) transformado em agricultura (Lapig 2018), 0,12% de seu território (77 ha) transformado em floresta plantada (Lapig 2018), e 0,23% (140 ha) transformado em pastagem. (Lapig, 2018). São Paulo, maior cidade do Brasil desde a década de 60, é hoje o mais poderoso polo de atividades terciárias do país e sua população se aproxima da cifra dos 11 milhões de habitantes, distribuídos pelos 1.509 km² de seu município, que se divide em 31 subprefeituras e estas, em 96 distritos. São Paulo também é o centro da região metropolitana de mesmo nome, que, com seus 19 milhões de habitantes, ocupa a 4ª posição no ranking das maiores aglomerações urbanas do mundo. São 39 municípios, incluindo o da capital, 8.051 km², e uma mancha urbana contínua que, no sentido leste-oeste, apresenta cerca de 100 km de extensão (Prefeitura de São Paulo, 2018). O município de Santa Teresa, com 68315 ha, possui 13933 ha que representam 20% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019), tem 1,3% de seu território (910 ha) convertido em agricultura de cana-de-açúcar e milho (Lapig, 2018), 2,6% de seu território (1822 ha) transformados em Floresta Plantada (Lapig, 2018), e uma hidrelétrica (PHC) instalada no Rio Bonito (Lapig, 2018).
Use and Trade Information
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.
Conservation Actions Information
A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) na Lista Vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004), como Dados Insuficientes (DD) na Lista Vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), e como Em Perigo de extinção na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). A espécie foi registrada na Área de proteção Ambiental Municipal do Capivari-Monos (US), Parque Estadual da Serra do Mar (PI) e Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (PI). A espécie ocorre em territórios que possivelmente serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PANs) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - TER33 e Território São Paulo – TER20.